sexta-feira, 28 de maio de 2010

Algumas perguntas, poucas respostas.

A: É sexta-feira.
B: Tu foi sair?
A: Tu sabe que eu não saio, normalmente.
B: Fico esperando o dia em que tu vai sair.
A: Tu saiu?
B: Não.
A: Por quê?
B: Deixa disso.
A: Te vi hoje, na rua.
B: Não era um parque?
A: Era uma praça.
B: Estava sentada em um banco?
A: Eu, não. Tu, talvez.
B: Tu saiu, então?
A: Não fui tão longe.
B: Longe ou perto, tanto faz. Não determina nada.
A: Não faria diferença, se determinasse.
B: Tu tá estranha, enquanto fala.
A: Não é algo que faz diferença.
B: Esse teu sorriso, esse teu olhar...
A: Não tem nada comigo, pare de ficar notando!
B: Ouço teu coração martelar.
A: Já te disse: não tem nada comigo, nada com o meu sorriso, nada com o meu olhar, muito menos com o meu coração.
 
B: Ganhou?
A: Não.
B: Perdeu?
A: Não...
B: O que aconteceu?
A: Te vi.

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