sexta-feira, 28 de maio de 2010

Não dá pra culpar outras coisas quando a culpa é tua.

Eu já vi tanta, mas tanta gente ir embora daqui. Algumas vezes, a mesma pessoa foi embora alguns milhões de vezes. Ah, aquela menina de cabelo cacheado que sempre esteve por aí, andando pela cidade só por andar. Depois ela sumiu, todo mundo ficou falando sobre isso, mas aí ela voltou e as fofocas sobre o chá-de-sumiço que ela tomou pararam. Mas aí ela sumiu de novo, e assim se deu o ciclo. Sempre quis perguntar se ela não cansa nunca daquele teatrinho de sempre, mas aí eu passei a pensar que ela pode muito bem ter um bom motivo pra sempre ir embora. Com isso, eu já pensei em culpar as lembranças. Ela poderia muito bem guardar certas lembranças na cidade e ir embora porque as lembranças estão tanto na volta dela que dói, mas depois ela volta porque também dói ficar longe do lugar em que ela as guarda. Mas de nada adiantaria culpar as lembranças se quem as guarda é ela.

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