terça-feira, 4 de maio de 2010

Te peguei pelos dedos.

Me diga, quantas meninas você já viu ou conheceu que controlaram uma relação? Na maioria das vezes, nós garotas estamos tão cegamente apaixonadas por nossos namorados que nos deixamos levar. Você pode tentar controlar uma relação, pode tentar quantas vezes quiser, mas sabe que não vai conseguir. Porque ele te olha como se estivesse dizendo “Ah, bebê, eu te amo tanto...” e você se rende sem nem ao menos lutar.

Pelo contrário do que você deve estar pensando, isso não é uma crítica. Não à você, ao menos.

A gente vive num campo de guerra, é o que eu costumo pensar normalmente. É eu contra você e você contra mim, porque é menina chorando em todo canto do mundo e é homem dando risada em cada vez que a suposta namorada o pega com outra na cama dos pais dele. É engraçado, não é? A guerra é tão clichê e repetitiva que continua infinitamente. A gente espera a hora em que uma salvadora será enviada dos céus pra pôr um fim nisso. E a gente espera, espera e espera, sempre relembrando que a esperança é a última que morre e a verdade sempre anda escondida atrás das mentiras...

 – Te peguei!

Ela tava usando um vestido branco, longo e bem surrado, daqueles bem velhos mesmo. Tinha a unha pintada de preto, uma cara de “Foda-se o que tu apronta, vim salvar a mulherada!” e andava balançando o cabelo de um lado pra o outro, como se fosse a rainha do mundo.

Melhor ela ser quem ela é. A rainha do mundo não ajudaria em porra nenhuma numa guerra dessas. 

Ela pegou o homem, que, enquanto era comprometido, tava beijando uma menina qualquer no meio do parque. Pegou ele pela ponta dos dedos, segurando a cabeça como se fosse uma bolinha de papel bem pequenininha.

– Pegou nada!

Porra! O cara escapou!

– Te peguei... Achei que tinha pego, pelo menos.

Uma pena, não?

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